Com rara agilidade e meneios genuínos,
Segue...
Com seus passos largos e despretensiosos,
Talhando caminhos - recantos da casa - desenredando minuciosamente cada
espaço desprezado, cada extensão.
Para...
Sob a luz que invade e reflete na xícara de café, um olhar emblemático,
cheio de seus mistérios e
de suas belezas..
Ostentando uma coleira exótica e sutil que acentua sua magnificência.
Brinca...
Com os retalhos, fios de novelo e os fragmentos das páginas do jornal da
manhã; desacompanhado, apenas com seus próprios artifícios e artimanhas.
O tempo corrente parece congelar... É de se apreciar.
Cansa...
Apesar de arteiro tem lá seus momentos de se entregar, num quase eterno
espreguiçar, vagaroso.
Estende-se sobre gigantes almofadas de algodão postas no chão da
varanda, fitando os movimentos das plantas e apreciando o vento que chega até
seu rosto.
Apronta...
Tem um instinto gatuno, larápio; sendo a noite a ocasião eleita para
suas travessuras e fugas... Diligente, encontrando seus semelhantes e
desbravando telhados vizinhos em busca de aventuras místicas e amores casuais;
caçando novidades e operando peripécias...
Volta...
Sempre pro aconchego e pros mimos de seus “donos”, como quem reconhece
terreno de olhos vendados, como quem reconhece o sentimento passado, como quem
retribui uma carícia; um verdadeiro perito denotando inteligência...
Caminha sorrateiramente.
Deita...
E fita tudo a seu redor, com o olhar de missão cumprida, fecha os olhos,
relaxa e finalmente
Dorme...
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